Impressionante como a evolução ainda esta bem
longe da nossa espécie. Em pleno século XXI ainda vemos acontecimentos onde só veríamos
em séculos passados. Eu lamento muito como ser humano e gostaria que só fossem
contadas em aulas de história. Estou falando de preconceito, que infelizmente
ainda existe em muitos países e infelizmente no nosso também.
Vemos diversos tipos de preconceitos, entre
eles o religioso, como o que culminou na morte dos cartunistas do Charlie
Hebdo. Esse tipo de preconceito também assistimos de pertinho, na cidade de São
Gonçalo, quando a antiga prefeita lavou as mãos na demolição da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, em Neves, berço da umbanda, religião 100% brasileira.
Sem
dúvida, o preconceito mais comum é o racial. É incompreensível para minha
cabeça saber que uma pessoa trata a outra com diferença, por apenas não ter a
mesma cor da pele.
Eu posso ter nome de gringo e ser branco como
farinha de trigo, mas sou negro de alma e tenho muito orgulho de morar em um
país onde a contribuição cultural desse povo foi enorme.
Existe um bairro em Niterói que essa
contribuição cultural esta bem nítida. É o caso do Cubango, onde o próprio nome
indica suas origens. No século XVIII com a proibição do comércio de escravos, Niterói
se tornou um entreposto clandestino de venda de escravos que desembarcavam nas
praias da região oceânica. Os traficantes usavam Niterói para fugir da
fiscalização e faziam da região um lugar de preparo e engorda de escravos para
posteriormente serem vendidos. Com isso o surgimento de alguns quilombos era
inevitável, pois os traficantes não podiam chamar a atenção das autoridades da
capital do império. E assim historiadores relatam o surgimento de um Quilombo
no Morro do Cubango, onde a expressão está relacionada à província de “Cuando-Cubango”,
onde se presume que esses escravos vieram dessa região da Angola.
Não há nada que represente mais as origens africanas
do que o samba. Então no bairro onde aflorou a cultura negra em Niteroi, nasceu
também uma popular escola de samba.
Este ano, a Acadêmicos do Cubando desfilará
no sábado de carnaval com o enredo “Cubango, a realeza africana de Niterói”. Contando
um pouco da sua própria história.
Enquanto não evoluirmos como espécie estarei torcendo
pela Acadêmicos do Cubango evoluir na avenida e fazer bonito na Sapucaí.
Meu querido amigo e cronista Alex, eu discordo em algumas coisas colocadas, mais nem todas, aliás eu sou oriundo do Morro do Bumba, Meu Pai foi presidente do Bloco Carnavalesco Bugres do Cubango, e tinha uma penetração e conhecimento do Carnaval Niteroiense, meu cunhado depois então: Corações Unidos, entre outras escolas... Só para discordar! Abraços!
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