São Gonçalo de Amarante, sua história, sua dança, breve relato
Por Agliberto Mendes*
O português Gonçalo Pereira, padre dominicano falecido na cidade de Amarante, foi beatificado mas não chegou a ser reconhecido como Santo, devido a uma série de dificuldades e imprevistos, relacionados à longa guerra travada entre Portugueses e Espanhóis. Mas em respeito à qualidade do seu trabalho religioso, e ao seu imenso número de devotos, a Igreja Católica determinou que o dia 10 de janeiro fosse dedicado a São Gonçalo de Amarante. Mais tarde essa data foi alterada para 16 de Setembro.
Segundo a lenda, tocava violão e usava a dança como ferramenta para convencer e evangelizar pessoas. Talvez por isso, é tido como protetor dos violeiros mas não é só, pois também é patrono dos ossos, acode em casos de enchentes, e como Santo Antônio, é casamenteiro.
Outro português, fidalgo natural da mesma Amarante, também chamado Gonçalo, porém sendo Gonçalves de sobrenome, ao receber a doação de uma sesmaria inicia o povoamento da nossa cidade de São Gonçalo, e constrói a Capela dedicada a São Gonçalo De Amarante, hoje a nossa Igreja Matriz.
Conta-se que São Gonçalo, para reabilitar as prostitutas, vestia-se de mulher e dançava e cantava com elas a noite toda.
Segundo os mais antigos, a mulher que tocar o túmulo de São Gonçalo do Amarante, em Portugal, terá casamento garantido dentro de no máximo um ano.
“São Gonçalo do Amarante,
Casamenteiro que sois,
Primeiro casais a mim;
As outras casais depois.
São Gonçalo ajudai-me,
De joelhos lhe imploro,
Fazei com que eu case logo,
Com aquele que adoro. ”
(Religiosidade popular)
Em Portugal, o Santo já foi muito homenageado com danças que aconteciam dentro de Igrejas, e esses eventos comemorativos eram chamados de “Festa das Regateiras”, ocasiões em que participavam as mulheres que queriam se casar. Nos dias de hoje, muitas dançam com chapéus de ouro, conhecidos como “chapéu do peão”. A “Dança de São Gonçalo”, em homenagem ao Beato reconhecido como Santo, é praticada em várias cidades brasileiras, de Norte a Sul
(Alguns dados, mas não todos, foram consultados em “O Município de São Gonçalo e sua História”, obra da Professora Maria Nelma Carvalho Braga. Os versos da religiosidade popular estão na página “Memórias de São Gonçalo”, no facebook)
Agliberto Mendes, Historiador formado pela Universidade Estácio de Sá, é editor do Blog do Vovozinho, comandou junto com o Professor André Correia e o Empreendedor Evanildo Barreto o programa Papo Nativo, que foi ao ar pela Rádio Aliança fm 98.7 de abril a outubro de 2019, foi editor da Página do Facebook Registro Geral, Cronista do Nosso Jornal, da Folha Nativa, do Jornal Daki e também atuou como debatedor nos programas "Bom dia SG", da TV Ponto de Vista e "Sua Cidade Seus Valores", da Rádio Fluminense, 540 AM. Facebook: Agliberto Mendes
Agliberto Mendes, Historiador formado pela Universidade Estácio de Sá, é editor do Blog do Vovozinho, comandou junto com o Professor André Correia e o Empreendedor Evanildo Barreto o programa Papo Nativo, que foi ao ar pela Rádio Aliança fm 98.7 de abril a outubro de 2019, foi editor da Página do Facebook Registro Geral, Cronista do Nosso Jornal, da Folha Nativa, do Jornal Daki e também atuou como debatedor nos programas "Bom dia SG", da TV Ponto de Vista e "Sua Cidade Seus Valores", da Rádio Fluminense, 540 AM. Facebook: Agliberto Mendes
Muito bom o relato/informe ehim, eu tinha pra min que a primeira capela fosse a que se encontra na fazenda Colubande, só agora que presto atenção no termo Matriz.
ResponderExcluirGrato, Adilson Junior. Naquela época, quem recebia uma sesmaria, que era uma extensa área de terras, tinha a obrigação de erguer uma Capela, exigência da Igreja Católica e uma lavoura para o plantio de produtos de interesse de Portugal, o colonizador. Então, no caso de SG, foi a Igreja que hoje chamamos de Matriz, às margens do Rio Imboassú.
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