sábado, 25 de abril de 2020

Proteção aos Animais

O convívio com os animais e a humanidade vem de longa data. Na idade média a ligação era de tal forma que os animais eram considerados membros da família. Fosse para o abate fosse para domesticação. Ao longo do tempo essa relação mudou bastante e a sociedade por séculos criou um distanciamento notório e macabro.
(Animais domésticos)


De certa forma os animais foram perseguidos e abatidos para o conforto ou para alavancar a economia do homem. Casacos de pele, pentes e botões de marfim, óleo e carne de baleia, carne de tartaruga e a exploração para o transporte marcaram a vida e a morte de centenas de espécies.

(casaco de pele de animais)


Durante essa caminhada de acontecimentos surgiram três grupos distintos: Animais silvestres, animais domésticos e animais para abate.  Essa distinção não livrou os animais da maldade cometida pelo homem e nem sensibilizou a sociedade do século XX.

(Tucano: animal silvestre)


No ano de 1950  em Scheveningen (Haia, Holanda) 
aconteceu o primeiro congresso mundial de proteção animal (International Animal Protection Congress). Logo em seguida em 1959, em Washington, DC, Estados Unidos foi criada  a Sociedade Internacional de Proteção Animal (International Society for the Protection of Animals – ISPA). Essas iniciativas fizeram o mundo ocidental olhar de forma carinhosa e protetora para os animais.
Em pouco mais de 70 anos, centenas de milhares de lutas precisaram ser travadas contra os seres humanos na busca da conscientização e de cuidados com os animais. Institutos, Ministérios, Secretarias, centros de zoonoses, conselhos e coordenações foram criadas para que o assunto se tornasse de utilidade pública.


(Porcos: animais para abate)


No final dos anos 1990 e no início do ano 2000 o Brasil acordou para inserção desses cuidados no âmbito governamental. Antes disso as cuidadoras(es) ou protetoras (es) desempenhavam um papel crucial de cuidados aos animais abandonados e maltratados pelo homem. Foram elas que de forma organizada deram o alerta a sociedade dessa necessidade de acolhimento.

Hoje já é possível encontrar diversas instituições que foram criadas para além da proteção aos animais. Hoje, é possível ver os animais sendo utilizados até mesmo para a recuperação da saúde física e mental da humanidade:
 Os cães e gatos podem agir como confidentes das crianças,  eles ensinam a serem responsáveis pelos outros, são companheiros nas brincadeiras, ensinam sobre o valor da vida além de contribuírem para o desenvolvimento das habilidades sociais.


Além disso, um mercado cuidadoso e atento às necessidades desses (3) grupos de animais movimentam uma quantia financeira invejável a qualquer setor de produção.No ano de 2019 o faturamento nacional atraiu um montante de R$ 36,2 bilhões, o que representa uma alta de 5,4% sobre 2018. O Brasil já soma 162.148 estabelecimentos voltados para esse nicho.

Com essa cifra, v
ocê pode imaginar como isso reverbera na relação de empregos, não é mesmo?  
Considerando o setor formal e o informal de trabalho, o Brasil chegou a gerar aproximadamente 2 milhões de vagas no ano passado.

E você? Que tipo de valor tem prestado ao mundo animal?



Sobre o autor: André Correia é Professor de História, ativista político e militante no movimento de proteção aos animais na cidade de São Gonçalo, nos últimos 10 anos.
Criador do Forum de proteção aos animais  e um dos principais articuladores da primeira lei municipal de proteção aos animais.
Como resultado da luta dessa  militância, da qual é figura referencial, surgiram também o Conselho Municipal de proteção aos animais, e o primeiro Centro de Controle populacional de câes e gatos na cidade de São Gonçalo.

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