Mas, em São Gonçalo e na maioria das cidades do Estado o sistema funciona da seguinte forma: quando um Prefeito(a) ou seu grupo não é reeleito, tem início, antes mesmo da posse, um processo de ruptura. Por motivos que fogem à nossa compreensão, a empresa terceirizada não deseja prosseguir trabalhando para a próxima Administração, que por sua vez, também não tem interesse em manter o serviço com a coletora contratada. O que todo Prefeito(a) que assume um novo mandato deseja é contratar uma nova empresa, de sua confiança e sem licitação. Então, como interessa aos dois contratantes, o conflito, sempre recheado de alegações de ambas as partes, termina com o rompimento. Uma nova empresa é encarregada, sem licitação, de cuidar da limpeza urbana. Na maioria das vezes, a empresa foi criada com o objetivo específico de executar tal serviço, não tendo caminhões, funcionários e, nem mesmo, um histórico de coleta de lixo. Ou seja, levará alguns meses, trocando os quatro pneus com o carro em movimento. Se observarmos todo o período, do início do conflito com a empresa anterior até a correta execução da limpeza urbana pela nova, podemos concluir que, cada vez que há mudanças na Administração Pública, o cidadão, morador, contribuinte, pagador de impostos, convive com mais ou menos seis meses de colapso no recolhimento do lixo urbano. O Prefeito ou Prefeita que criar uma Empresa Pública de Limpeza, como é, atualmente, na cidade do Rio de Janeiro e de Niterói, receberá o honroso título "daquele ou daquela que acabou com a farra do lixo em São Gonçalo". Resta saber quem é e quando tal coisa acontecerá.
Agliberto Mendes é editor do Blog do Vovozinho, da Página do Facebook Registro Geral, Cronista do Nosso Jornal, e também atua como debatedor nos programas "Bom dia SG", da TV Ponto de Vista e "Sua Cidade Seus Valores", da Rádio Fluminense, 540 AM. Facebook: Agliberto Mendes |
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