Mário Lima Jr.
Em menos de dois meses o mandato de Neilton Mulim como prefeito de São Gonçalo acabará. Se existisse dentro dele algum traço de dignidade, Mulim explicaria à população, antes do dia 31 de dezembro, por que seu governo foi um absoluto fracasso. Esperança vã, contudo. Alguém obcecado pela mentira seria incapaz de reconhecer a própria culpa.
Desnorteada, pobre e suja, São Gonçalo é o oposto das maravilhas que Mulim prometeu na campanha eleitoral de 2012. Rejeitado mas doido pra se reeleger, o prefeito plantou novas mentiras na campanha deste ano, foi rapidamente punido pela Justiça e derrotado no primeiro turno.
Promessas não cumpridas, abandono da Educação, bons projetos descontinuados e obras malfeitas ou inacabadas são a marca da gestão de Neilton.
O projeto Rua Nova, usado para divulgar o nome do prefeito durante meses, não foi concluído. As ruas que conseguiram asfalto sofrem com entupimentos da rede de esgoto e vazamentos de água. Outras ruas não foram completamente asfaltadas, como a Agostinho Félix, no Raul Veiga. Parte da recém-criada Via Binário está mais esburacada que a superfície lunar, um calvário para a população.
A recuperação da praça Chico Mendes está parada e nem chegou à metade. A pista de skate tem só uma parede de tijolos. Outra promessa de pista de skate, no Centro, nem começou a ser construída. E o teatro municipal? Funcionará em 1 mês e meio? Por enquanto nada existe além da fachada azul de extremo mau gosto.
Além de não dar explicações sobre seu fracasso, o chefe do Executivo municipal assiste paralisado à destruição de projetos maravilhosos, como a Escola de Música Pixinguinha e a APAE. Diante das piores tragédias ocorridas no seu mandato, Mulim sequer se levantou da cadeira. Ele nunca amou São Gonçalo, por isso é tão ausente.
Um cara vem, diz que vai reduzir o valor da passagem para R$ 1,50, fica 4 anos no poder, larga a cidade afundando no lixo e vai embora curtir a vida. É assim que funciona em São Gonçalo? Esperava-se no mínimo o início de uma transformação.
É de uma tristeza profunda ver quatro anos de história da administração pública jogados no poluído Rio Alcântara. O gonçalense merece mais explicações do que um sorriso aberto, mudo, e uma careca reluzente.
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Meus artigos podem ser encontrados no Informe São Gonçalo, Jornal Daki, Nosso Jornal e SIM São Gonçalo.
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